quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Generosos pedaços de você

E quando o vazio te preenche com nada mais do que nada,

você finge que está aguentando firme e só confia que vai passar.

Isso vem, passa e volta. Certeza! Só não sabemos a hora exata.

O jeito é procurar um canto seguro pra chorar à vontade, - sem ninguém por perto lançando olhares de curiosidade ou de piedade - Já basta a dó que está tendo de si mesmo.

A melancolia vem toda marota para nos surpreender com um: - Sur-presa!

Como ela é sem graça.

E parece que nada consegue distraí-la.

Neste caso,

ler um livro não vai tirar você da sua momentânea triste realidade

Um filme, uma novela, um show não vão te entreter

Dar uma olhadinha no facebook também não.

Músicas vão entrar por um ouvido e sair pelo outro, conselhos também.

Escrever num blog pessoal só vai fazer você achar que está escrevendo mal

Ir às compras, então, não vai fazer o menor sentido.
Objetos, coisas materiais, jamais vão te preencher de verdade.

A cratera que se abriu no seu peito só vai sarar,

quando você voltar a reservar tempo de sobra, dentre esses intervalos de tempos tão corridos,
só para aquelas pessoas que te compõem, que são generosos pedaços de você.

Sem elas, nos resta apenas o vazio.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tá na validade?

Tava voltando pra casa hoje, quando reparei na placa de uma humilde lojinha de roupas:

"BELEZA ATUAL
Atualizando sua beleza!"


E eu fiquei me perguntando se existe beleza velha, ultrapassada.

Céus, onde diz a data de validade? 


Tô vencida? 

Estamos vencidos?

domingo, 25 de agosto de 2013

Vegetariana sim, vegana não. Vegetariana presenteada, pra que mais?

Em junho deste ano eu completei 1 ano de alimentação vegana* 

*( queijo, não pode!
    leite, não pode!
    iogurte, não pode!
    Ovos, não pode!
    A clara do ovo? Não, também não!
    Mel, pode? Não!
    Nem peixe? Também nem pode!)

 Quem optou por uma alimentação assim, seja por n motivos, vive ouvindo essas duas palavrinhas "não pode!", geralmente de forma interrogativa ou como quem recupera a memória: "Ah, é. Isso tu não pode!" Mas o ideal seria ouvir "Ah, sim. Você não quer!" Já que não é porque você não pode, é porque você escolheu, decidiu não querer. 

Você não tem intolerância à lactose nem à carne nem a onívoros ou "carnívoros" (como os onívoros costumam dizer). Pelo contrário, você passa a treinar bastante sua tolerância**.

**2. Boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas.

Tá certo que existem aquelas pessoas que não praticam essa tolerância. Não toleram onívoros/carnívoros afirmando ou perguntando bobagens ou não bobagens a respeito do tema. Certo é que não se deve viver num clima de guerra de onívoros/carnívoros versus vegetarianos/veganos***. Não há critério para definir que um ser é melhor do que o outro. São apenas escolhas diferentes.

***Mas o que é afinal ser vegano? Copio e colo abaixo algumas informações básicas:

A Ideologia Vegana:

Veganismo é uma ideologia baseada nos direitos animais que obviamente pressupõe uma alimentação estritamente vegetariana. A ideologia vegana boicota qualquer produto de origem animal (alimentar ou não), além de produtos que tenhamsido testados em animais ou que incluam qualquer forma possível de exploração animal nos seus ingredientes ou processos de manufatura.

Para o vegano cada animal é um ser senciente dono de sua própria vida, tendo assim o direito de não ser tratado como propriedade (enfeite, entretenimento, comida, cobaia, mercadoria, etc).

No vestuário, os materiais de origem animal como pele,couro, lã, seda, camurça ou adornos de pérolas, plumas, penas, ossos, pêlos, marfim, etc) são preteridos, pois implicam a morte e/ou exploração dos animais que lhes deram origem. Veganos se vestem de tecidos de origem vegetal (algodão, linho, etc) ou sintéticos (poliéster, etc).

Na alimentação são vegetarianos estritos, ou seja, excluem da sua dieta carnes, gelatina, laticínios, ovos, mel e demais alimentos de origem animal. Consomem basicamente cereais, frutas, legumes, vegetais, hortaliças, algas, cogumelos e qualquer produto, industrializado ou não, desde que não contenha nenhum ingrediente de origem animal.

Evitam o uso de medicamentos, cosméticos e produtos de higiene e limpeza que tenham sido testados em animais. Alguns optam pela fitoterapia, homeopatia ou qualquer tratamento alternativo.
Veganos defendem o surgimento de alternativas para experiências laboratoriais, como testes in vitro, cultura de tecidos e modelos computacionais.
São divulgadas entre a comunidade vegana listas de marcas e empresas de cosméticos e produtos de limpeza e higiene pessoal não testados em animais.

Circos com animais, rodeios, vaquejadas, touradas e jardins zoológicos, também são boicotados pois implicam escravidão, posse, deslocamento do animal de seu habitat natural, privação de seus costumes e comunidades, adestramento forçoso e sofrimento. Não caçam, não promovem nenhum tipo de pesca, e boicotam qualquer “esporte” que envolva animais não-humanos. Muitos seguem o princípio político da não-violência.

Veganismo na Prática
Citando o filósofo Carlos Naconecy “Vegetarianismo/veganismo é menos uma questão de pureza pessoal do que uma atitude que tenta minimizar a exploração de animais – minimizar porque a eliminação dessa exploração é impossível: a vida no mundo urbano de hoje, tal como a conhecemos, depende do uso de animais. Em outras palavras, nenhum de nós pode se dizer vegano – todos nós apenas tentamos ser veganos.”

O exemplo mais claro disso é o do uso de pneus por parte de veganos/abolicionistas. “Consta que o ácido esteárico, oriundo principalmente da gordura animal, é usado, entre outras coisas, na vulcanização da borracha dos pneus. Ao ser informado sobre isso, o militante ver-se-ia obrigado moralmente a se mudar para um local onde o uso de pneus não fosse necessário – por exemplo, uma ecovila autossustentável.”

Veganismo, segundo seu criador Donald Watson, é uma filosofia e um modo de vida que busca excluir as formas de exploração e crueldade aos animais… É uma atitude de respeito pelos animais. Os ativistas devem fazer tudo o que puderem para viver o mais eticamente possível conscientizando as pessoas para a importância da vida de qualquer animal, humano ou não.  A idéia é mostrar que todos animais sofrem tanto quanto os homens e que se nenhum homem gosta de sofrer os animais também não.

De onde tirei isso tudo:

Quem leu o item acima "Veganismo na Prática", vai entender que sou apenas uma vegetariana que tenta ser vegana, já que até no pneu tem algo de origem animal. Enfim, a gente faz o que está ao nosso alcance para respeitar o próximo e as outras espécies.

Mas o que eu ia relatar mesmo nesse post era outra coisa. Isso sempre acontece comigo. A princípio, penso em escrever determinada coisa e de repente já me vejo direcionando o texto pra outro lado. Mas o que vou relatar tem tudo a ver com o que escrevi aqui até agora. 

Por coincidência ou não, ganhei meio que um presente nesse aniversário de 1 ano de vegetarianismo. Eu estava na fila de espera do caixa do supermercado e havia uma senhora sendo atendida na minha frente. Ela foi com o dinheiro contado, certinho para uma compra supostamente planejada. Ela tirava a mercadoria da esteira e entregava pra moça do caixa, sempre checando o preço que dizia na tela do computador. Ela parecia estar apreensiva - se imaginando presa ali sem poder pagar a conta-. Muito prudente, ela pensava bem e recontava o dinheiro que tinha na sua bolsinha. Permaneceu assim até que só restaram duas coisas na esteira do caixa: 

- 1 (uma) margarina
- 1(uma) bandejinha de isopor com linguiças Sadia. 

Sem aquela senhora notar, fazia tempo que eu também verificava a tela do computador um tanto receosa por ela. Acho esse gesto de ir às compras com dinheiro contado tão louvável que fiquei ali torcendo por uma consumidora consciente. Sabia que haveria um jeito daquela comprinha dá certo. 

Pela indecisão da senhora do dinheiro contado, percebi que ela teria de escolher entre a margarina e as linguiças Sadia. As linguiças estavam custando R$ 2,75. A margarina, não lembro. Eis então o meu presente: ela abandonou a bandeja de linguiças no final da esteira e entregou a margarina pra moça do caixa. 

Coisa linda de se vê: linguiças SADIA rejeitadas pela senhora do dinheiro contado. Considerei um presente e comemorei assim meu aniversário de 1 ano.

sábado, 17 de agosto de 2013

Você tossiu em mim?

Perguntei pro namorado, com digna ênfase no modo de me expressar. (Ele diz que transformo tudo em novela).

Perguntei, depois de ele tentar ser discreto em respeito ao amigo solteiro ao seu lado. Enquanto caminhávamos no shopping, ele tentou a discrição sussurrando em segredo pro meu cabelo:

 (- te amo.) 

Sim, pro meu cabelo, pois ele é bem alto e precisa se curvar para alcançar meu ouvido. Não se curvou o suficiente.

O sussurro foi rouco. Foi estranho. Parecia uma tosse seca. Jamais entenderia "te amo" se ele não tivesse esclarecido. Repetiu de forma entendível, lógico que morrendo de rir da tradução equivocada que fiz do "eu te amo" dele.

- Você tossiu em mim? (cara de pasma)

Na verdade, eu queria dizer:

- Você tossiu no meu cabelo? (cara de quem pergunta: o que ele fez de mau pra você?)

Tenho essa e uma porção de outras "pérolas". Quem sabe eu conte mais dessas por aqui.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Sua vida na mão de um bandido.

Todo mundo fala que tem coisas que a gente nunca esquece. Concordo.

Hoje eu estava assistindo ao clipe da banda Eddie (colo o link abaixo porque ainda não descobri o segredo de colocar o próprio vídeo aqui na página - sou lenta demais para a tecnologia-) e acabei lembrando de algo que vai me acompanhar pro resto da vida.

Assistam! Vale a pena:

Pois bem, o que eu lembrei.

Uma noite, resolvi sair mais cedo da minha pós. Sabe como é, o perigo nas ruas e eu moro longe de tudo e tal. 

Eu estava na topic, na avenida principal, quando ouvimos um, dois, três, quatro "estouros" que a princípio eu não soube identificar que eram tiros. Afinal, eu nunca tinha ouvido barulho de tiro. 

Pois é, em que mundo, em que bolha eu vivo, né?! Mas sempre tem uma primeira vez. A vez que alguém estoura a bolha de sabão dentro da qual você vive e aí toma-se um choque de realidade crua, ainda sangrando.

Os boatos e burburinhos entre os passageiros, motorista e trocador confirmaram que aqueles quatro estouros eram balas que nada tinham de doces. 

"- Foi tiro, foi tiro! Olha ali!"

Eu olhei. Olhei pela janela certa. A janela à minha direita me mostrou o que a sequência de estouros havia causado. Pressenti que minha curiosidade me levaria a um caminho sem volta. 

Mesmo assim, mesmo de costas para a janela,  tive o ímpeto de virar o máximo que dava o pescoço e depois o corpo para ver também o que estava conquistando a audiência dos passageiros. Todos, ali, vivendo a profissão de repórter por uma noite e atônitos ao vislumbrarem um furo de reportagem.

O que vimos foram clientes de uma lanchonete correndo desesperados, procurando abrigo na cozinha e um garçom estendido no chão entre as mesas. O sangue escorria de sua boca. Ele estava deitado com o volume exagerado da barriga virado pra cima. Exagero mesmo foi a quantidade de sangue. O motorista da topic quase estacionou ali pra gente investigar melhor o furo de reportagem, o furo da vida.

Depois de vermos também dois caras encapuzados fugindo numa moto, ficamos analisando o corpo pela janela da topic. Na verdade, não estávamos analisando o corpo não. Estávamos nos colocando no lugar do garçom. 

Nossos olhares, impenetráveis. Estávamos hipnotizados vendo de perto a horrível verdade, o fato de que nossa vida vive por um triz, e nas mãos de qualquer um. Podemos imaginar os bandidos apontando o indicador no centro da palma da mão e dizendo pra gente: "Você, sua vida, tão aqui ó, na minha mão!"

No dia seguinte, relatei a terrível história para os amigos. O choque foi mais forte quando uma amiga me mostrou um jornal popular que trazia a seguinte manchete sobre o ocorrido: "Garçom de uma lanchonete vira presunto"

Como alguém pode anunciar dessa forma o fim da vida de uma pessoa?

Não sei. Já entendi que não é possível encontrar resposta para toda pergunta.

Só sei que naquela noite, em segredo, chorei durante todo o resto do percurso que a topic fazia até minha casa. Por quê?


Porque assistir ao fim trágico da vida de alguém marca mais do que tatuagem. 
Porque você se sente vulnerável. 

Porque você percebe que não tem controle nenhum sobre sua própria existência.

domingo, 11 de agosto de 2013

A noiva vai de rasteirinha ou descalça?

Aí eu tô dormindo na casa dele. Sou a primeira a desmaiar.

Ele fica sem sono. Resolve ver uma série nova que eu não tô acompanhando.

Aí ele assiste a uma cena que mostra a personagem se preparando para casar. Esta é obrigada a usar um salto bem alto para se tornar uma noiva à altura.

Aí ele lembra de mim.

Eu dormindo ao lado dele, sonhando agarrada aos carneirinhos que eu nem precisei contar, porque era sono demais.

Reforço: eu ao lado dele, bem do lado mesmo.

Aí ele resolve enviar um SMS (um não, dois) para a parceira desmaiada, inconsciente do que se passa ao redor.

SMS 1:
10/08/2013
02:37:09 da manhã

"Oi, amor, pensei uma coisa agora: você vai casar com rasteirinha ou descalça?
Sabe por quê?"

SMS 2:
10/08/2013
02:37:57 da manhã

" Porque você não seria uma mentira justo no dia que afirmaremos a maior verdade das nossas vidas"

Detalhe importante: 
* Ele me perguntou se vou de rasteirinha ou descalça, porque sabe que fujo do salto alto - mesmo sendo baixinha -. E que quando passa uma mulher com um salto maior do que as pernas, eu o cutuco e falo abismada "Nossa, por que fazer isso com ela mesma?"
E ele responde meio que concordando com meu espanto "Valha, ela nem consegue se equilibrar direito"
(Tá, eu e ele somos terríveis)


Aí eu acordo 11 da manhã no sábado, ligo meu celular e me deparo com os dois SMS. Melhor, me deparo com o amor.

E novamente digo pra ele não fazer essas coisas, porque eu acabo não resistindo e expondo no blog.

Ele, se achando, diz que meu blog tem audiência por causa dele!

Você aí, me diz se eu mereço isso?!



sábado, 10 de agosto de 2013

Auto-diagnóstico feito por criança

Eu estava no restaurante esperando umas amigas, essa sexta à noite depois do trabalho.
Eu sabia que elas iriam demorar. 

Muito exausta depois de mais uma semana que se foi (sim, eu estou ficando velha), não encontrei energia nem para ler o livro que sempre levo comigo para servir de remédio anti-impaciência de espera. Anti-depressivo também. Anti-solidão também. Tá, acho que já deu pra você entender.

Mas encontrei uma ocupação compatível com este meu momento. Fiquei observando a clientela do local. Eu estava distraída pensando sobre como era a vida do garçom fora dali. Será que ele teria tempo de viver depois do expediente? Não quis dar palpite sobre isso. 

Foi quando a pequena cliente sentada numa cadeira para clientes adultos chamou minha atenção. Ela estava numa mesa cheia de família e ao lado de uma senhora. De repente, ela vira pra essa e, em tom de dengo, fala com a voz e com os braços:

- Vó, o abraço que a senhora me deu foi tão forte, 
  que eu fiquei com dor de barriga!

Achei curioso e me perguntei se eu tinha ouvido certo a parte final da fala dela. Mas foi isso mesmo.
A menininha fez um auto-diagnóstico, identificando com absoluta certeza a causa da dor na sua barriguinha.

Agora tô imaginando a vó levando-a para o médico, e a menina explicando de quem foi a culpa.

Talvez por isso que dizem que os avós "estragam" os netos. Por excesso de afeto. 

Mas acho que não existe excesso de afeto, existe excesso de zelo. Afeto nunca é demais. Faz bem de qualquer jeito.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Infiel, é isso que sou!

Meu Ivan (Ivan Martins, colunista da Época) que me perdoe, mas, por falta de tempo. Não, por falta de tempo não, que isso se administra. Por falta de tesão, não quis mais saber dele.

Agora só quero saber, só quero pensar, só quero ler:

Fabrício Carpinejar: http://carpinejar.blogspot.com.br/

Quem o conhece, sabe. Principalmente quem o tem no Facebook, no botão dos Favoritos, nas leituras diárias sabe que ele está passando por um momento doloroso que destroça o coração: a separação da pessoa amada. 

A Juliana, agora "ex", não voltou pra ele. Embora ele tenha escrito suas cartinhas públicas de amor mais inspiradas, sempre iniciadas com "Amada Sacerdotisa". 

A Juliana não se atirou nos braços dele. Embora ele tenha mandado colocar este outdoor na avenida no dia do aniversário dela. 



Talvez a tal Juliana não mereça ele. Ela merecendo ou não, ele está vivendo uma tristeza de dar dó. 

Se eu faço o tipo dele ou não, não importa. Estou com ele na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que outro escritor nos separe.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Tudo de novo

Ouvi um moço hoje de manhã cedinho exclamar com pesar:


- Vai começar tuuuuudo de novo!


Escutar ou falar isso não deveria nos fazer tão mal.

Poderia ter gosto bom de recomeço, de segunda chance.



domingo, 4 de agosto de 2013

Susto adorável

Eu lendo no meu quarto, apoiada na pilha de livros e com o abajur feito um Sol na cara.

Aí ouço um assobio vindo da porta.

E dou de cara com meu pai usando óculos feitos de biscoito pêta.

Ele todo brincalhão, rindo pra mim. (:



Disputa amiga de sms de autoajuda

Aquele momento que eu tiro do ruim de mim um ensinamento para mim mesma e para quem eu decido compartilhar em forma de sms:

sms 1:
  Reconhecer nossos piores defeitos e buscar amenizá-los de alguma forma
  é uma das atitudes mais dignas que podemos vivenciar.
  (Sim, virei um livro barato de autoajuda)

Remetente:
Elaine
Enviada a:
Nati.

Às vezes, metida a escritora de autoajuda (sei que sou um horror nisso), saio encaminhando a mesma mensagem para aqueles queridos que estão na agenda do meu celular; aqueles que provavelmente vão me (nos) ajudar nisso.

Quando recebo estas respostas abaixo, quase bato palmas sozinha dentro do ônibus. Sim, é no ônibus onde eu geralmente encontro tempo para fazer essa coisa de pensar na vida com ajuda amiga.

sms 2:
"reconhecer os erros, - ainda mais os piores -, ao invés de ser fraqueza e submissão,
 é força e humildade. 
 só pessoas de bom coração sabem o q significa ter consciência tranquila
 depois de assumir um erro."

sms 3:
" ( tb sou boa nas 
    frases de 
    autoajuda!) ;D "

Remetente:
Nati
Enviada a:
Elaine.

sms 4:
Arrasou! haha

sms 5:
Ô, deixa eu transformar sms em post no blog? 
Já sei até o título "disputa amiga de sms de autoajuda".

Remetente:
Elaine
Enviada a:
Nati

E, me conhecendo como ela me conhece, a resposta chega assim:

sms 6:
"eu tava msm com a sensação de essa historia de msgs bonitas 
e com frases de efeito iam te inspirar! ;)"

Mal sabe a Nati, ou sabe sim, que não são as mensagens e frases de efeito que me inspiram, e sim amigas e amigos como ela. Apenas seis mensagens trocadas foram suficientes para demonstrar isso.

sábado, 3 de agosto de 2013

presentinhos simbólicos.

Dia 1º de agosto foi o aniversário dele, do cara com quem, digamos, firmei parceria há 6 anos. Parceria de amor, amizade, ajuda, conselhos, enfim, uma mistura só.

Novamente ele frisou que minha dívida de presentes materiais só aumenta, acumulando os aniversários passados.

Eu nunca fui boa de presentear com coisas tangíveis. Sempre fui de preparar presentinhos simbólicos. Ou seja, algo simples e representativo acompanhado de sentimentos derramados na escrita.

Então eu fico ouvindo as cobranças dele em forma de piadas engraçadas e finjo que acredito que ele se importa com presentes materiais. Ele já listou uma porção destes. "Ah, você pode me dar isso, aquilo ou aquele que eu tava querendo e tal" Mas nunca, nunca se decide por nenhum deles. Prova de que ele também não dá valor a presentes assim.

Na véspera do 1º de agosto, ele ligou pro meu celular. Eu estava trabalhando. Eu nem tinha levado para o trabalho roupa para saidinhas. Aí ele, do outro lado da linha, vem com este convite inesperado:

- Oi, amor!
  Quero estar com você na noite da virada para o dia do meu aniversário.
  Fica comigo hoje?

Nem preciso dizer que ele me ganhou de novo, se é que é possível me ganhar novamente já tendo me ganhado há 6 anos. Já é fato. Ele tem mania de me ganhar com esses pedidos de presentes simbólicos.

Claro que eu nem liguei de sair com ele vestida com a farda do trabalho na noite do dia 31 de julho, como também nem liguei de ir para a comemoração do aniversário na noite do dia 1º de agosto com roupa improvisada: short da academia e camiseta branca simples que estavam na minha mochila. Nem pude passar em casa. Fiquei com ele na véspera e no dia especial. Não largamos um do outro, a não ser na hora de irmos aos nossos trabalhos, já que a data caiu na semana (quinta-feira).

Na sexta-feira de manhã, ele foi me deixar na empresa. A gente se despediu, e ele concluiu com felicidade que "pronto, iniciei e terminei meu dia ao seu lado"

Sim, ele me ganhou novamente com essa declaração. Eu respondi:

- Ah, não fala isso, se não conto pra todo mundo no blog!

E ainda estou aguardando a decisão dele sobre o presente material.

A última opção que ele citou foi uma revista de coleção, que custa apenas 20 reais. Claro que eu não dei ouvidos. Se é pra dar presente material super atrasado, que seja um melhorzinho.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Quem não pisca,

Vamos começar a sexta-feira assim:

"Quem não pisca, não petisca"

Tava almoçando no refeitório da empresa essa semana e, sem querer, escutei a conversa alheia. 

Uma moça inovou no ditado, mas desconfiou logo: "Como é, hein, que se diz?"