terça-feira, 30 de julho de 2013

Melhor do que você pensa.

Definitivamente, eu não sou a melhor pessoa do mundo. 
Você também não.

Acho que ninguém é. 
Como dizem, nem Jesus agradou todo mundo.

Eu não sou melhor do que você.
Você não é melhor do que eu.


Você não é melhor do que ninguém.

A gente tem mania de comparativos, mas este não é legal, não é nada saudável.

Eu não sou a melhor.
Você também não.

Mas todos temos uma segunda, terceira, quarta chance de sermos menos piores. 


Mais de quatro chances, na verdade. Menos mal, né?!

É melhor vermos por este lado.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A criança esquecida na porta da escola

Vou terminar a especialização em dezembro deste ano, e o pobre diploma, dizendo que sou publicitária, ainda esperando que eu vá buscá-lo. 

Está lá, feito uma criança esquecida na porta da escola. Coitado, tomando um chá de cadeira daqueles. Em breve, serei obrigada a ir pegá-lo, só por questão de burocracia mesmo.

Pra você ver como um diploma, um papel, não faz a menor diferença na sua vida. O valor está na gente; vem da nossa transpiração de cada dia. (:

domingo, 28 de julho de 2013

Um dia eu supero

Está comprovado! Eu mesma constatei: fico extremamente tímida só de me imaginar mostrando os textos que escrevi sobre meus Pais para eles mesmos.

Prova disso é que eu só fui criar coragem de apresentar este aqui para o meu Pai ("Ele é incrível"), escrito em 8 de dezembro de 2011 neste blog, um dia desses. 

Ele nem brigou comigo por conta da demora. Apenas exclamou de coração:

- Muito bom, Filha! Obrigado!

Um dia eu supero essa timidez de me declarar para os meus Pais.

Papa Pop

Já diziam os Engenheiros do Hawaii:
o Papa é Pop
e o Pop não poupa ninguém.

Isso é saudade? Abraço macio da minha mãe.

Ela nunca foi de dar muito carinho a nós (seus dois filhos) não, até porque sua especialidade sempre foi brigar. Brigar pela desarrumação da casa. Brigar por conta da louça suja na pia. Brigar por causa do barulho que é eu e meu irmão conversando no corredor da cozinha pra sala, o que dificulta ela ouvir a novela dela. Pena que esse último caso é muito raro acontecer. É um tremendo desencontro entre mim, meu irmão e meus pais. Geralmente passamos a maior parte da vida fora de casa. Nossa mãe é que está sempre em casa. 

Ela cuida da casa, da comida, do cesto de roupa suja, das roupas enrugadas à espera na tábua de passar, cuida da gente e cuida também de brigar por qualquer motivo. Há momentos que eu banco a compreensiva e a entendo. Não deve ser nada fácil passar o dia em casa cuidando de várias coisas e assistindo aos clichês de novelas à tarde e à noite. Mas a nossa mãe escolheu viver assim. E eu a amo de qualquer jeito, com brigas ou sem brigas.

Hoje eu vim passar o domingo em casa. Ela se surpreendeu com minha chegada, afinal, eu não faço isso com frequência alguma. Acho que a maioria dos filhos tem mania de fazer isso; de bater asas e voar depois que ganham certa independência de quem os colocou no mundo. Mas não tem jeito, nossa dependência deles sempre vai existir e talvez só nos daremos conta disso tarde demais, quando não os tivermos mais por perto. Outro dia ouvi uma colega, que perdeu seu pai recentemente, dizer que agora vive aconselhando suas amigas a passarem datas importantes ao lado dos pais. Tomei esse conselho para mim também.

Minha mãe briguenta me viu entrando hoje em casa e respondeu ao meu "Oi, Mãe" com grande entusiasmo. Ela estava sozinha em casa. Meu pai tinha ido resolver umas coisas nossas, meu irmão viajando e minha mãe cuidando do almoço. 

Eu cheguei e ela me esperou, pacientemente, enquanto eu guardava minhas centenas de bolsas e sacolas. Ela me esperou para oferecer um abraço que só ela sabe abraçar. Uma espécie de abraço tão macio quanto uma roupa cheirosa com amaciante. Não há gesto mais lindo do que ser recebida em casa dessa forma. Ela só podia ter ouvido isto de mim:

- Nossa! Isso é saudade é? 

Dizem que toda mãe é igual, mas a minha tem um abraço diferente. Talvez, por ela nunca ter sido muito de passar a mão na cabeça dos filhos, tenha tornado momentos como esse tão especiais. Engraçado, até nisso ela pensou. 

sábado, 27 de julho de 2013

Joga na comida?

A terapia perfumada de catar folhinhas de manjericão para preparar molho pesto.

A senhora, que ensacou meu manjericão no mercadinho, quis saber:

"Como é? Joga na comida?"

 

Falando com as paredes e escrevendo.

Porque essas paredes aqui têm ouvidos,

e no dia que elas não os tiverem mais, não importa,

vou permanecer escrevendo,

reparando no outro e escrevendo,

me dando conta de mim mesma e escrevendo,

percebendo o outro e escrevendo,

me percebendo na relação com esse outro e escrevendo,

molhando os olhos da alma e escrevendo,

rindo desengonçada feito criança e escrevendo,

sentindo tristeza e escrevendo,

cheinha de alegria por escrever e escrevendo,

pendurando sentimentos nessas paredes
como quem coloca um quadro para colorir ao redor.

Isso tudo simplesmente escrevendo.

Isso que chamam de amor pelo que se faz.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Gente fofa, fofão não!

Curtindo uma volta à infância ao encontrar a fan page do Colégio onde estudei até a 5ª série, 
quando, 
do nada, 
vem essa figura estranha no meio das lembranças.








Ainda prefiro humano fofo a um fofão desses. Coisa mais assustadora!

Eles preferem ser essa metamorfose ambulante

Uma tremenda falta de imaginação esse negócio de pensar em um tema para pesquisa científica e não repensá-lo (mudá-lo) mil vezes até lá.

Pronto, falei! 

domingo, 21 de julho de 2013

Futura escritora

A irmãzinha do meu namorado, de apenas 11 anos, acaba de ler pra mim uma história de princesa escrita por ela. 

Disse que pensou quando tava no banheiro e teve que escrever pra não esquecer. Ou seja, fortes indícios de uma futura escritora de histórias infantis! 

Ela perguntou se eu gostei.
Impossível não gostar dessas coisas! (:

sábado, 20 de julho de 2013

Não há espaço para SMS (Sentimental Message Service)

Tem acontecido com frequência. E não tem jeito, eu sempre acabo frustrada no desenrolar desta história.

Penso em uma daquelas pessoas lindas que aparecem na minha vida e - já era! Lá estou eu com a pontinha do polegar ágil, pressionando teclas, escrevendo mensagem no meu celular. Celular que é só um telefone mesmo, ou seja, que só me serve para o tradicional ligar/receber chamadas ou enviar/receber os queridos SMSs. 

Já com a expectativa pela resposta batendo à porta, vou escrevendo a mensagem. Seleciono "enviar", a operadora envia. Aguardo um pouco. Com a desculpa de olhar a hora, aproveito e verifico se houve resposta. Para o começo da minha indignação, quem me responde é o próprio celular. Resposta fria e calculista, típica de aparelhos celulares:

"Não há espaço para novas mensagens".

O que, para o meu inferno astral, significa que a pessoa já me respondeu e que não vou poder ler a mensagem até que eu abra espaço para a mesma. Consequentemente, o maior pesadelo de todos: a penosa obrigação de apagar mensagens queridas de pessoas queridas. Mensagens enquadradas na categoria de fofura máxima. Mensagens que você, até então, não teve coragem de apagar.

Aquelas mensagens cheias de amor de namorado. Aquela mensagem da amiga que voltou a morar na Bahia, mas que, ainda assim, vive lembrando de você. Aquela surpreendente mensagem do seu pai aprendendo a escrever SMS pela primeira vez na vida, só pra saber se você tá bem. Enfim, uma série de fofuras em forma de SMS que você guarda com um carinho sem tamanho. A sigla até passa a ganhar outro sentido. Ao invés de "Short Message Service"  vira uma "Sentimental Message Service".

E não me venha com essa história de "pratique o desapego" a SMS não, que eu não consigo. Juro que eu apago SMS fofo com uma pontada forte alfinetando meu coração. Fico me sentindo uma pedra de gelo, um iceberg, ao ter coragem de jogar na "lixeira" aquilo que alguém escreveu pra mim com tanto amor. Na lixeira  e sem chance de recuperação, porque esta não é igual a de um computador.

Meu celular fraquinho, com pouco espaço para tantos sentimentos, ainda me mata de desgosto qualquer dia desses.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Só quem leu me entende.

Ah, que pena!

Hoje voltei de 55, 

e não de 03. 

domingo, 14 de julho de 2013

Quando se perde a razão.

Era domingo à noite. Eu tinha que me separar dele temporariamente. Eu tinha que levar de volta o ar da minha graça para minha casa, onde vivem os meus pais. Onde teoricamente é a minha casa.

Mas o que eu fiz, quando ele parou o carro em frente à minha casa?

A gente se despediu com o princípio de saudade já doendo lá dentro. Aquela nostalgia de mais um fim de semana ao lado do outro acabando. Aquela voz dura e fria dizendo com todas as letras "Chega! Cada um segue seu rumo. Que venha a semana!"

Então, eu fui entrando em casa com esse pesar na alma. Ouvindo a tal voz dura vociferar comigo sem dó, sem pena de uma reles mortal, sabe.

Ele no carro, esperando que eu entrasse em casa. De vigília, ele sempre aguarda até que eu feche o portão. Porque o amor tem isso de querer proteger o outro.

Eu ali, carregando minhas bolsas e mochila de errante apaixonada. Retirando tudo que é meu do carro dele e levando de volta pra minha casa, como numa mudança. Não uma mudança feliz, mas uma mudança sinônimo de separação. Separação temporária. Mas, poxa, uma separação de qualquer jeito. E logo aquela que deixa o coração aflito.

Fui entrando em casa, dizendo "Oi, olha eu aqui de volta." Fui jogando minhas coisas na primeira cadeira que vi. Fui me livrando do peso da bagagem, o que não me deixou aliviada. O peso de saber que ele manobrava o carro para partir sem mim deixava minhas costas, ombros, coração, corpo inteiro doloridos.

Não pensei duas vezes, voltei correndo pra fora de casa. Correndo não, que é exagero. E ele pode ficar se achando depois de ler isso. Voltei sobre passos nervosos.

Cheguei a tempo de vê-lo fazendo a manobra na calçada da vizinha da frente. Quando me viu, finalizou a meia volta com certa agilidade. Posicionou o carro perto de mim. Encostei-me na janela dele. Pedi que aguardasse, que rapidinho eu voltaria com a mochila. Perguntei com graça:

- Não vai fugir não, né?

Ele apenas sorriu. Não precisava assinar o acordo que propus. A linguagem do amor é falada e entendida por meio de silêncios. Ele só me perguntou, meio curioso:

- O que vai dizer pro seus pais?

Eu:
- Ah, vou pensar rápido em alguma coisa.

E voltei apressada pra dentro de casa, deixando o portão entreaberto e comunicando pra família:

- Oh, gente. Tô chegando, mas já tô indo de novo.
  Marcamos um fim de semana juntos na casa do sítio, tá?
 
Cumpri com o que prometi a ele. Nunca refiz uma mochila tão rápido na minha vida. Joguei na cama o que não precisava carregar mais e arremessei  na mochila a farda do trabalho, sem me preocupar se estaria amassada no dia seguinte.

Uma força estranha me impulsionou. Pediu que eu tomasse uma atitude impensada. Pediu que eu perdesse o apego pelo lar. Acabei perdendo mesmo a razão.

Acho que estar apaixonado é fazer esse tipo de coisa mesmo e não abro mão.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A família do meu amigo trocador de sorrisos lendo aqui.

Que emoção! Acabei de ler o comentário do filho do "trocador de sorrisos da 03". A família inteira do meu amigo trocador está lendo agora o blog. (:

" Unknown deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O trocador de sorrisos da 03": 

oi boa noite sou filho desse admirado trocador e sei q ele trabalha nao por obrigaçao mais tbm porque ele ama oque faz e um orgulho e um prazer ler um artigo tao bonito como esse falando do trabalho do meu pai a familha esta aqui toda reunida lendo essa linda mensagem em nome dele e de todos aqui da familha muito obrigado e pode ter certeza e como pessoas como vc que todo bom trabalhador ter orgulho de encontrar todos os dias...o nome dele e francisco deassis lopes topic 03 carro814 obrigado ass:marcio martins "

 Que amor!!

Se isso que estou sentindo agora não é felicidade, o que é felicidade então?

terça-feira, 9 de julho de 2013

O reencontro na 03

Coincidência ou não com o tema do post anterior, há poucas horas reencontrei um dos meus personagens da vida real favorito: o trocador de sorrisos da 03.

Por acaso ou não, eu deixei a topic 55 passar e preferi subir na 03. Não na tentativa de cruzar com ele novamente. Nem tinha mais esperança. Deixei a 55 seguir em frente sem mim, porque optei por continuar conversando com minha colega de especialização.

Encontro predestinado ou não, era ele que estava na cadeira sendo o trocador da topic que decidi pegar esta noite. 

Sem querer (querendo) e sem saber, outra vez eu fiz uma escolha certeira.

Assim que ouvi o tom bondoso de sua voz inconfundível, coloquei logo um sorriso na cara e perguntei pra ele:

- Oi! Tudo bom?!

Ele sorriu de volta. Paguei a passagem e passei pela catraca. Mal me desvencilhei desta e ele já foi me entregando um papel dobrado, que parecia ser uma conta qualquer, junto a uma caneta. Fiquei feliz. Afinal, eu acabava de ganhar uma segunda chance do tempo que eu havia perdido pensando demais na vez passada. Anotei:

www.tresparedes.blogspot.com

Puxei duas setinhas com os títulos dos textos que escrevi sobre ele:

"O trocador de sorrisos da 03"
"Eu escrevi sobre o senhor"

Enquanto eu me concentrava para não borrar o que escrevia, ele recomeçou a conversar uma porção de assuntos que fazem um bem danado aos passageiros. Falou que já fez outras duas amizades, ali no seu ambiente de trabalho. Falou que tem dois filhos que lhe dão orgulho. Falou que é fazendo o bem que se  recebe o bem. 

Minha parada já se aproximava, quando fui me despedir dele. Ofereceu sua mão pra eu apertar. Desta vez, por curiosidade, perguntei seu nome. Ele me respondeu pronunciando o nome completo. 

Sim, nossa amizade não é mais "platônica", como refletiu uma colega minha do trabalho, quando contei nossa história. Ela me perguntou e comprovou que nem o nome dele eu sabia, que nem convivo com ele. No entanto, um imenso carinho de ambas as partes estava se revelando pra qualquer pessoa perceber. 

Sim, agora eu sei o nome dele, mas não vou revelar para não acabar com o encanto do mistério. Para mim, para nós, ele será sempre o carismático "Trocador de sorrisos da 03". 

Eu tenho algum problema.

Eu tenho algum problema com a ideia de mostrar o texto para o personagem principal, o homenageado. Tenho receio de não representá-lo à altura. 

Por favor, diga que isso é normal!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Altamente protegida, sem precisar de sabonetes "Protex" (...)

nem de Ronda do quarteirão
nem de anjo da guarda
nem de fitinha de santo
nem de amuleto da sorte
Nem de mais nada,
Só do meu pai.

   Meu Pai querido, que eu não chamo de papai (acho tão fofo quem chama os pais assim), mas que, mesmo assim, tenho imenso carinho por ele.

   Numa noite dessas da semana, eu voltando pra casa em torno das 22 horas, e ele me ligando, dizendo que iria me esperar na esquina da nossa rua. Ele sabe que eu volto de ônibus, assim como sabe que eu desenvolvi um trauma com ciclistas, qualquer ciclista que pareça um ladrão. Até já contei a história aqui da primeira e única vez em que fui assaltada. Relatei, com certo senso de humor (porque tinha humor pra dar e vender na situação), o dia em que fiquei plantada na calçada da esquina como um legítimo pé de bananeira, sendo assaltada por um ladrão inexperiente. Inexperiente que nem eu, no pesadelo de ser assaltada.

   Então, fato: fui comunicada por meu pai que eu não precisava me apavorar sozinha, sentindo meu pânico de ciclistas. Ele estaria na esquina me esperando. Desci do ônibus e fui descendo a rua sozinha. Jurava que apenas o encontraria na esquina da nossa rua. Foi o que ele deu a entender na ligação. Comecei o meu breve percurso. Notei um cara na bicicleta e já senti o pavor da desconfiança se espalhando no meu sangue. Foi rápido. Foi muito rápida essa sensação, pois passou logo. Não foi cura do trauma não. Na verdade, foi só o fato de eu bater o olho no meu pai.

   Ele estava em pé, de braços cruzados, sentindo frio (não faz frio aqui, mas ele sente frio à noite) na esquina da rua que antecede a rua da nossa casa. E eu jurando que o encontraria apenas na esquina da nossa rua. Foi uma surpresa e tanto. De repente, todo o medo que eu sentia daquele ciclista desapareceu como um (des)encanto quebrado. Eu estava me sentindo a criatura mais protegida desse mundo. O meu pai, ali, pequenininho, baixinho, magrinho. E eu enxergando-o como meu super heroi. Melhor: meu heroi real, fora dos quadrinhos e dos filmes. Com defeitos, mas meu heroi que me protege de qualquer tipo de mal, de qualquer tipo de gente do mal.

  Com um Pai desses, quem precisa de sabonetes "Protex", de Ronda do quarteirão, ou de amuleto, ou de sei lá mais o quê?


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Coisas que esmagam nosso coração.

Dó do cachorrinho da vizinha.
(Sem duplo sentido, tá! O negócio aqui é sério)

O bichinho, o cachorrinho quando perde as forças, - por estar implorando (latindo) há horas -, chora tanto que soluça.

Dó dele cresce ainda mais, quando percebo que a vizinhança está mesmo incomodada com o barulho que ele é capaz de produzir. E não com a situação do pobrezinho.

Nesse momento, ele continua chorando e soluçando sem parar.

Tem coisas que apertam o nosso coração - a ponto dele quase ser esmagado entre os dedos.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Sendo e estando feia.

Quem disse que eu tinha, que eu tenho que ser bonita o tempo todo?

Não tenho hábito de frequentar salões de beleza. Muito menos, beleza natural. Não me encaixo em nenhum padrão da tal da beleza que tanto falam por aí.

Mas parece que convivo muito bem com isso. Posso viver tranquilamente sendo assim ou estando assim: feia.

Acredite, a gente não precisa estar bonito sempre. É do ser humano ser metade feio, metade bonito. Ser ou estar, tanto faz. Não precisa ser ou estar necessariamente metade de cada. Podemos ser uma dessas formas preenchendo mais ou menos da metade do nosso pote.

Mas um dos dois, o feio ou o bonito de nós, pode predominar mais.

Você, eu. Nós podemos estar, nesse momento, predominando feiamente.