segunda-feira, 24 de maio de 2010

Colecionadores

De vez em quando me arrisco a ser breve, a entrar nessa mania contemporânea fast.Mas é torturante resumir em pouquíssimos caracteres o que vem à cabeça. É melancólico compactar a vida dentro de pequenos flashes, ver inúmeros fatos imprescindíveis se dissipando da memória.

E que censura, essa que impomos a nós mesmos.Isso de caminhar rápido, comer rápido, se expressar rápido(se calando novamente). Tudo simultâneo, enquanto problemas absurdos de grandes vão rolando em bola de neve - já invisível de tanto derreter -.

É difícil aceitar que natureza morta possa despertar tanto fascínio nestes olhos curiosos de quem a agride. Somos dotados de incrível agilidade. Somos colecionadores de catástrofes.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pânico da folha em branco

Não ter com o que preencher isso aqui é um tanto temeroso. Medo de que me falte conteúdo por tempo muito demorado.
Esses meus dedos que não mais se sentem instigados pela mente a tocarem a superfície de cada letra.

Ausente batuque nervoso nessas teclas. Silenciosos e abafados pensamentos.
Creio até que devo recorrer à divindade abstrata, que por vezes se faz tão concreta.
E tanta falta eu sinto do toque de reflexão a me deixar por demais inquieta.

Vou ali, ver se vivo cada vez mais.
Volto quando tiver algo que vale compartilhar, digitando aqui.