segunda-feira, 29 de junho de 2009

Gastos e desgostos


É, cidadão, veja a vida como está. Gastos e desgostos; você nem sabe onde está em meio a um mar de números e notas, caindo como âncoras direto da sua planilha no Excel ou da agenda para as profundidades do seu caos financeiro.

E não ouse errar no cálculo: gastos < salário, pois nesse universo de contas a pagar você não pode se desencontrar. É tanta gente necessitando; na fila um menino a implorar “-Não tem 10 centavos não, tio?”, no shopping a mocinha a gastar sem precisar.

Essas coisas são assim, matemática disciplina complicada quando não se resolve os problemas certos na hora certa, no banco certo. Já na canção canta Zeca Baleiro “Vou botar minha’lma à venda”, talvez seja a solução dessa questão.

Nos tempos de colégio era tão fácil encontrar resposta exata na matemática descomplicada; agora o contexto é outro, sem a pitada de imaginação pueril tudo perdeu o gosto e cor, as preocupações não são mais tolas, deixou de ser - com que roupa eu vou? pra ser - com que grana vou bancar nosso bem-estar?

Abandono a calculadora, só por um instante pra respirar e abrandar a velhice precoce a me atormentar.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ele


São muitos os seguidores, quase todos confessam serem viciados, também pudera, ele é mesmo a personificação da delícia. Muitos até tentam ter autocontrole, mas é quase uma droga, agonia de bêbado em abstinência.

Os olhos com as órbitas num estranho rebuliço, só de avistá-lo em cor branca, negra, ou mesmo as duas juntas.
O nariz fazendo uma dancinha de tanto furtar o irresistível do ar,e os buraquinhos lado a lado insistindo em ficar só no inspirar.
As mãos e lábios ansiosos para experimentar o doce toque, como uma menina sonhando com o primeiro beijo.
As orelhas de abano estremecendo, - quase desenhando no ar o trajeto do voo da borboleta-, ao saber que daqui a pouco apreciará o som crocante do croc croc vindo diretamente da boca.
E as papilas gustativas então; parecem de longe sentir o gosto gostoso inconfundível.

Não faz sentido viver sem ele.
Chocóolatras sempre serão chocóolatras.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Risco alheio - trecho de "Frei Joe".


" Os anos 50 chegavam ao fim, fazendo grande alarde. A Grã-Bretanha estava quebrada, mas despontavam indicações de um novo sistema que faria com que achássemos que precisávamos de bens materiais dos quais, na verdade, não precisávamos, a despeito de termos ou não condições financeiras para adquiri-los. Tudo parecia muito empolgante. E o que era ainda mais empolgante, a economia voltada para adolescentes começava a decolar, por meio de roupas, cosméticos, filmes, música. Os produtos destinados a tal segmento, de modo geral, eram importados dos Estados Unidos, ou, se produzidos na Grã-Bretanha, eram concebidos e vendidos segundo modelos norte-americanos. Pela primeira vez, abriu-se um abismo entre as gerações, permitindo aos novos especialistas em marketing, formados no estilo norte-americano, pôr em prática, com clareza, a primeira tentativa de manipulação de consumidores, em âmbito nacional.

...

Mais significativo era o fato de eu me ver fascinado com o processo pelo qual artigos eram vendidos, com a publicidade e o marketing, - especialmente na televisão-, atividades que pareciam ao mesmo tempo moralmente perniciosas e brilhantes, em termos de criatividade. Pedi a orientação de Frei Joe acerca de bens materiais.

...


A análise feita pelo frade da natureza da propriedade privada era muito mais sagaz.O verdadeiro alvo do especialista em marketing, afinal, é o eu. O eu é o início e o fim da venda.'Este produto vai fazer o seu eu avançar no mundo.' 'Quanto mais você possuir excelentes produtos como este,mais poderoso será o seu eu'. E, obviamente, mais barreiras você terá estabelecido ao contato aberto e direto com o outro. Comprar até ficar exausto e amar verdadeiramente talvez sejam práticas excludentes.

Frei Joe enfatizou que sua análise não propunha que fosse errado possuir bens, tampouco condenava a satisfação derivada da posse de bens. O que remetia ao velho princípio: contemptus mundi não significava desprezo pelo mundo, mas distanceamento do mundo.

- Tudo depende de como os b-b-bens são encarados, meu caro, e as satisfações por eles geradas; é preciso ser capaz de abrir mão dos bens, sem qualquer arrependimento."


TONY HENDRA, Frei Joe - O homem que salvou minha alma- pags: 166, 168 e 169.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Férias é isso!


Férias é sinônimo de tudo de bom; ah vai, custa nada uma frase otimista de vez em quando. Férias traz a imagem das crianças felizes e saltitantes saindo com alergia crônica do portão da escola.

Férias é infância, todas as meninices parecem que foram ontem.
Férias para muitos é praia, para alguns é cama.
Para outros é folga, para muitos plantão, já que as dívidas e os impostos não tiram férias.

Férias da escola, do trabalho, e olha que maluco: férias de você.
Já imaginou? Você de férias de você, no mínimo, estranho:
- Olha Eu, não dá mais. Vai passear por aí, toma teu rumo que eu sei do meu.
Seria quase dá um tempo pro seu eu. Seria interessante, só assim não concentraria tanto estresse numa carne humana só.

Falando em carne, por que todo mundo pensa logo em churrasco quando lembra da palavra férias? Por que envolver os pobres e indefesos animais? Porco, vaca, da galinha gente correndo atrás. É; para esses férias é o último suspiro, e ainda sem direito a um último pedido.

- Oh, não, todo sangue derramado em vão, por que vocês não cuidaram bem do churrasco?
Sempre acontece, a galera que estava de olho no churrasco caiu de boca na cerveja estupidamente gelada.

Férias, férias. Valorize quem as tem.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Planejando nosso tempo


Em que tempo você vive? Vive de flashbacks, de um presente inconsequente, de projeções míopes do futuro? Juro pra você, não sei bem, assim claramente em que tempo a gente vive.

Nosso tempo tem isso de ser confuso, às vezes essencialmente presente, muitas vezes esfacelado em resquícios do passado, e o futuro, sabe-se lá, embaraçado.

A gente tem isso de procurar tecer fios que nem se sabe de onde vêm. Acho que falta a gente parar pra pensar, pra reformular. A gente se perde em pensamentos que não deveriam ganhar tanta importância. E esse é meu erro, nosso erro.

Se a gente vive de erros, e a biografia só conta tropeços, vai ver haja acerto sobre alguma rasura das linhas desse nosso texto, guiando-se pela lógica de que se tem erro, tem acerto.

Planejar é alinhar tudo que se imagina pro desenrolar do seu tempo, tão fácil de definir, mas tão difícil de prosseguir. Se a gente consegue pontuar objetivos, temos logo que traçar estratégias, se a gente pensa estrategicamente, então, no já, já tem que ter a tática.

Mas talvez não seja tão complicado assim planejar; se a gente se organizar, dá pra viver nosso tempo sem cronometrar, dá pra ir além da demarcação dos ponteiros, dos pontilhados do círculo perfeito.

Se estiver tudo ainda imperfeito, então é hora de começar a entender o que é mesmo planejar. Vamos nos planejar, se for preciso nos renovar, a gente não pode é parar no tempo, porque este é como você dirigindo um veículo, você é que está no comando. No comando do seu tempo, não há destino, este uma invenção pra conformar quem não tem poder de decisão sobre a própria vida.

Então, vamos pôr em planos nosso tempo, seja ele qual for.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Império do riso


Olha só, a vida provando ser um grande circo. Montemos logo esse picadeiro. Drástico, insensato? Note, a vida é um espetáculo, novela mexicana, colegial em gincana. Palhaçada só. Veja, a ruga na testa cedeu lugar pros buraquinhos da bochecha. Ninguém liga pra crise, só pra crise de riso.

A existência rindo, rimos juntos, um tanto cômica. E até quando a morte quase alcança a vida, a gente ri, sem saber do quê, sem saber pra quê. Se a vida é prova viva do império do riso, leve mais nada à sério, não é querendo bancar uma de livro de autoajuda, é que é tão simples, por que complicar tudo?

O que dizer?


Você vem me dizer

Que não faz mais sentido

sem ânimo, sem empolgação

Fico assim, sem saber



O que dizer?

O que ser?



Se é preciso trazer,

Esperança de viver

Digo, veja como anda ,

se é a vida que escolheu

Eu não sei dizer,



mas é bom ouvir

que não tem nada a ver

não é nada entre nós

é a sua forma de viver



O que dizer?

Como dizer?



Mas é triste pra mim também, meu bem

Ouvir você se autodenominar um nada

Teimo em dizer, você é Tudo



E se meu amor não basta,

não preenche esse vazio dentro de você,

Então aconselho, sem jeito,

Procure conversar com outro alguém,

Não sei muito sobre a vida,

aprendendo agora, junto a você.





O que dizer?

O que ser?



Se é preciso trazer,

Esperança de viver

Digo, veja como anda ,

se é o caminho que escolheu

Eu não sei bem o que dizer

Só sei que amo você.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ela - Homenagem


Ela é dona de uma felicidade que transborda, ela contagia.
Ela é um tanto menina muleca mulher, que sabe ser ela, ela é só ela.

Ela é simples divertida palhaça, mesmo sem o adereço no nariz, ela é alegria.
Ela mesmo distante se faz presente, sempre a gente lembra, ela é marcante.

Ela é simpatia, 'miss' quando diz que tal coisa comprou nos Estados Unidos, mas ela não se importa com essas coisas de grana, ela por si só já é valiosa.

Ela diz que tudo é dela, todos os amigos, ela é amiga querida.
Ela é ela e só ela, Ela é Yanne.

Vem me acordar: letra pra virar melodia.




Dormência de sensação
Vem me acordar
Preciso ser feita de emoção
Preciso acordada sonhar


Eu quero tanto sentir
Você bem mais perto de mim
Todo dia,
eu devo insistir

Eu sei, a gente tem que trabalhar,
Mas me deixe pisar nessa nuvem
De ter, verter você no despertar

Vem fazer parte do meu dia a dia
E traz nosso café da manhã nessa cama
Vem destruir minha rotina

Esse sono que impede
minhas células de continuar
o fluxo inexorável da vida
Vem me acordar

Passa no liquidificador o que desagrada em mim em você e joga fora
Traz o café, serve o sol dessa manhã no pão
o vapor da xícara em forma de coração
Troca o suco por um energético
Vem banir tanta preguiça

Vem me acordar,
Faz o que eu disse,
Que eu vou deixar essa letra
no seu lado da nossa cama,
mais tarde ela vira música.

Vem e desperta o acorde mudo
Afina essas cordas,
Faço a letra, que vai virar canção
Me presenteia com você na melodia,
Mas primeiro vem e me acorda.

domingo, 14 de junho de 2009

Preciso dizer.


Amo, dificil é eu desamar.
Amo loucamente cada um.
Sentimento bom,amar o mundo e, se possível, todos que o habitam.

Minha alegria é espalhar eu te amos por aí,assim, sem ser só por dizer.
Minha necessidade é de abraçar forte, de verdade.
Ter só amigos, aprender o que o divino ensinou.

Meu contentamento não está em ser descontente, muitas vezes sou deprimente, mas não é porque quero ou porque me faço de vítima da vida; é que infelizmente essa é minha tendência, talvez minha essência.

Então, eu preciso dizer eu te amo a todo instante. Hoje, nem parece tão usual, e por que é tão difícil dizer? Confesso, queria fazer disso minha oração de cada dia.

E quando me vem a vontade, tão intensa e verdadeira que precisa ser expressa de qualquer forma, em palavras, em fala, aí sim, me sinto completamente feliz.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Namoro lembra.




Namoro lembra beijo, que lembra química, que lembra enzima.

Namoro lembra mãos dadas, que lembra cumplicidade, que lembra mais que amizade.

Namoro lembra poema, que lembra verso apaixonado, que lembra ficar sem palavras.

Namoro lembra namorar, que lembra verbo, que lembra conjugar só o verbo amar.

Namoro lembra briga boba, que lembra discutir a relação, que, no final de tudo, lembra amasso.

Namoro lembra abraço, que lembra envolvimento, que lembra não desgrudar daquela pessoa.

Namoro lembra você sempre se lembrar de quem ama, até em momentos inoportunos.

Namoro, para alguns, lembra até falha de memória do aniversário de namoro, mas que ninguém esquece a sensação de mais de 5 sentidos, isso ninguém esquece.

Namoro, para os mais românticos, lembra buquê de flores, que lembra perfume, que lembra o charmoso cheirinho no pescoço de quem se ama.

Namoro, para os menos tradicionais, lembra lingerie, que lembra mordida na maça, que lembra um pecado gostoso de cometer.

Namoro lembra isso tudo e o que mais vier à sua cabeça, depois de ter passado pelo coração, claro.

terça-feira, 9 de junho de 2009

ELA os levou




Eles foram. Ela os levou. Para longe, para perto, nada é certo, apenas a conclusão de que Eles foram. Ainda, ainda bem, não vivi tal experiência de perda. Mas imagino, a ausência deve rasgar o peito, e talvez nunca cicatrize. E se quem perdeu sorri, por dentro é só lágrima. A dor por quem já não está, e o consolo de saber que ainda são, conjugar as ações Deles nunca no passado. Eles foram, quem sobreviveu ficou. E se esses últimos acreditam em paraíso, melhor.

Onde Ela os conduziu, vai saber. Talvez Eles, os ausentes, continuem ao seu lado. Então, a idéia de purgatório está aniquilada, pois esse lugar perto de quem ficou é moradia natural Deles, nem paraíso, nem inferno.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Risco alheio


Eu tentei mas...quero ver você mudar
Respeitar quem...pare de se controlar
Eu menti sim...ser alguém cansa demais
Eu já não sei me dizer não

Complicado sim revoltado não
Indecente sim eu hoje eu sei mas
Me deixa mudar
Diferente sim indiferente não
Conformado sim leve demais
Me deixa voltar

Eu voltei mas...quero estar em seu lugar
Mimado eu sei...achei algo pra comprar
Eu menti sim...ela nunca vai te amar
Eu já não sei lhe dizer não

Vem você dizer que tudo tem que ter um fim
Eu nem sei por onde começar
Vem você me convencer que eu só penso em mim
Talvez sim talvez sim

Venha me salvar vem me carregar
Ausente eu sei que
Nada vai mudar nada vai mudar
Não mente não mente

Leve Demais - MopTop

sábado, 6 de junho de 2009

Peixinho, pobrezinho!




Peixinho, pobrezinho, virou artigo de decoração de interiores. Tadinho; não pode nadar nas grandes profundidades oceânicas, nem se aventurar exibindo suas flexíveis nadadeiras para uma peixinha.

Peixinho, bichinho, quer tanto ser peixinho de verdade. Uma pena ter nascido tão belo e colorido. Agora é meramente parte da sala de estar da dondoca, que só pensa em exibir sua linda moradia de causar inveja; ou parte de um consultório odontológico, sendo peça unicamente de distração para o paciente dentuço.

É, peixinho; ao menos você tem o final feliz da história do "Procurando Nemo", se é que isso lhe serve de consolo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Mulher de verdade.




Inteligente é a mulher que sabe o que quer; sabe o que é melhor para ela e para o mundo. E não é exagero dizer que mulher assim é capaz de tudo; ela não apenas se preocupa em combinar a bolsa com o sapato ou com a tonalidade da roupa, está preocupada em ser exemplar em tudo que se dedica a fazer, na faculdade ou no trabalho, na amizade ou no amor.

Mulher moderna e criativa, que faz tudo estar a favor dela, dos outros e da natureza. Utiliza o conhecimento adquirido por vivências próprias, ou através de qualquer outro meio, como ferramenta para conquistar o sonho de mudar o mundo em poucas horas.

Seja num simples gesto de mexer no cabelo, seja na tomada de decisões importantes, elas nos encantam de maneira avassaladora e até nos contagiam com tanta energia de vida. Mulher de raciocínio rápido capaz de projetar o futuro e planejá-lo do melhor jeito.

Mulher cheia de ideias para realizar o inimaginável
é mulher de verdade.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ponto inicial



Se basta um ponto inicial para dar impulso a uma vida de realizações, aqui estou eu, completamente ao dispor(x) Ao dispor, se precisar dar a vida quem sabe, contanto que eu possa dizer que tenho uma profissão digna, merecida às habilidades que tenho(x)E que possa dizer: - sim, valeu a pena estudar tanto, principalmente no 3º ano( é certo que não teve o resultado que esperava, mas até que fez sentido, passei na FIC e conheci gente interessante)(x)

Estou aqui, sentada e não praticando exercícios físicos, de frente para o PC, o tão amigo e companheiro PC, sempre à minha frente em todos os estágios por quais passei, foram três: D&E, blume e phd)(x)

É assim, estou ao dispor para o que der e vier (que venham os protótipos de briefings)(x) Ao dispor pra trazer algo novo inovador(x) Afinal, inovação é a palavra que está na moda, acredito que só na teoria (x)

Enfim, estou aqui, a diferença é que agora não sou mais chamada, nem tratada como “estagiária”(x) Que venham as conquistas, que venha o amadurecimento ( sempre dá pra ficar menos verde)(x)

Perdoe-me se houver algum erro ortográfico aqui, é que fui ali revisar texto, depois reviso esse(x)

(x) - ( sem ponto final de propósito. Afinal, nada de dar fim ao que se começa com tanto ímpeto e força)