quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Que coisa mais linda, mais cheia de graça.

Identificar, reconhecer e cuidar bem de seus talentos é a graça de ser você.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Converse com estranhos

Se a gente fosse seguir o conselho de não falar com estranhos por aí, deixaria de ouvir cada história. 

A troca com o outro enriquece a pessoa bonita que há na gente. 

A gente se descobre bonito.

domingo, 27 de outubro de 2013

A noiva de buquê perfumado.

Manjericão para uma manhã de domingo perfumada. 




Para fazer uma receitinha, eu caminhando com o manjericão na mão, feito uma noiva levando seu buquê.

Para passar o manjericão no caixa do supermercado, aguardar a atendente ficar intrigada e me perguntar que planta é essa (só quem ama o identifica de longe, pelo cheiro, pelos formatos, pela textura)

Para meu conhecimento e satisfação, saber que não preciso mais pagar por ele. (Minha mãe informando que tem manjericão plantado em nosso jardim).

Para o exercício de puxar folha por folha para lavá-las, a paciência e a serenidade.

Para uma manhã de domingo deliciosa, patê de manjericão!

Para aquecer a alma numa noite de domingo, sopa de manjericão!

Para fazer um bem danado ao coração, recomendo, Manjericão.

Estou decidida, subirei ao altar com o pé de Manjericão da minha vida!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O que não mata fortalece

E eu que jurava que morreria por falta de amor, agora tenho o amor de todo mundo.

(Sim, tô me achando!)

( Já me presentearam com chocolate de soja, patê de azeitona, patê de manjericão, batatas assadas com ervas finas e pimenta, livro de crônicas com direito à dedicatória que emociona, SMS de "tamo junto", palavras bonitas, elogios até, sobre minha vontade de viver.)

( Valeu, gente amiga!)

Filosofando na Academia da Vida


- Engraçado, a vida é que nem musculação. Você tem que aumentar a carga pra conseguir desenvolver o músculo...E nada de ficar se iludindo, dizendo pra si mesmo que vai suportar mais peso só depois! Perca o medo, a timidez, o que for, e trate de levantar essa carga de vez!

Filosofar, questionar, até que faz bem!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Esta minha outra.

Depois do "choque" da realidade, agora ando marcando encontros com uma tal de "Elaine sem ele". Ela é estranha, mas ainda assim é Elaine. Uma Elaine que tenta incluir no seu vocabulário esta palavra que a indicaram:


re·si·li·ên·ci·a

(inglês resilience)
substantivo feminino
1. [Física]  Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação.
2. [Figurado]  Capacidade de superar, de recuperar de adversidades.


Mas essa Elaine aqui não volta à forma original não. Impossível. Relacionar-se com alguém nos modifica pro resto da vida, principalmente se tivermos mergulhado de cabeça no universo do outro. E mesmo que depois você tenha resolvido boiar um pouco pra recuperar o ar. Afinal, sua individualidade precisa de oxigênio. Talvez o outro interprete mal ou você mesmo se entenda mal e ache que isso é egoísmo. Mas às vezes nem é. Depende. Tem que olhar o nível de profundidade.

A "Elaine sem ele" desceu da topic no meio do caminho de casa e foi ao shopping ontem à noite. Foi sem planejar o que fazer. Foi disposta a se surpreender consigo mesma. Quer enxergar coisas que nunca viu antes. Ela caminha com as mãos livres e depois de mãos dadas com as dela mesma, e logo logo solta as mãos de novo, pra em seguida se dar as mãos outra vez. Quer dizer, uma confusão só. Uma crise de identidade feita com as próprias mãos. 

A Elaine que nunca se importou de andar com molambos, virou hoje "Elaine sem ele" comprando roupa nova. Seu reflexo surgiu no provador da loja ainda um tanto apagado, mas com sincera intenção de ser propriamente um reflexo à medida que o tempo for passando.

A Elaine disforme olha bem pro espelho e resolve tentar mudar o lado em que o cabelo é partido. Joga os fios lisos para trás e tenta dividí-los ao meio no centro do couro cabeludo. Mas as madeixas ficam tumultuosas por enquanto.

O cabelo parece feio, sem jeito e desengonçado. Não sabe aonde vai, o que quer, muito menos de que cor é. Tiraram cada fio de cabelo da rotina. Esses demoram a se habituar com o novo penteado. Desconfio que, a partir de agora, eles tenham medo de cair no mau costume para não se rebelarem tanto, caso haja uma próxima vez.

Seu peso, posso segurar?


Eu vinha em pé e pensativa na topic. A senhorinha, com cara de vó que quer cuidar, me olhou com olhar meigo e pediu a minha maior bolsa de todas. Disse que estava pesada e a colocou em seu colo. Reparou na minha bolsa menor e perguntou se também estava pesada. Aí eu disse não, que essa dava pra aguentar. 

Passa um tempinho e, um assento fica livre. Eu não percebo. Se percebi, não me importei. A mesma senhorinha sorriu pra mim de novo. Dessa vez, apontando pra cadeira, apontando o caminho. Pediu pra eu sentar. Tirei meu peso do seu colo, agradecendo muito, e sentei. 

Ela pareceu relaxar depois disso. Eu não precisava bancar a forte, carregando peso sozinha e ainda mais em pé.

sábado, 12 de outubro de 2013

Uma noite de fossa à altura

Tá bom! Já que eu faço piada de quase tudo mesmo, até da minha tristeza e/ou pena de mim mesma, aqui vai uma. Quem sabe escrever aqui me ajude no processo de reconstrução como pessoa - que em breve estará madura para encarar, com força na peruca, este novo ciclo que se inicia -.

Eis a piada, coincidência, destino (?):

Voltando pra casa sexta à noite, aliviada por poder "curtir" minha primeira semana de fossa sentimental sem ter que ficar ouvindo de novo que "Isso passa", desci da topic com a tarefa de ir ao supermercado do shopping lotado que tem no caminho pra minha casa.

Eu tinha que comprar só uma plantinha de manjericão para um almoço hoje na casa de uma amiga, que convidou também suas amigas que não conheço, o que eu achei ótimo, pois me fizeram rir horrores de histórias malucas sobre infelizes cantadas das quais foram alvo. Mas, voltando aqui. Então, era só comprar o manjericão e ainda uma vaga ideia de adquirir algo mais que pudesse me proporcionar uma fossa à altura de primeira sexta à noite a sós comigo mesma.

Fiz as tais comprinhas com satisfação de estar ali com fones de ouvido, cantando e chorando junto com o Paulinho Moska. Fui escolhendo as coisinhas pra comemorar minha melancólica solidão: primeiro o vinho tinto suave pelo qual, fazia tempo, tinha perdido o interesse, depois o manjericão, o espinafre que não cozinhava faz tempo, por último, um saquinho de pistaches que nunca havia experimentado antes. Paguei o senhor do caixa e fui percorrendo, até a saída, o primeiro andar do shopping, que, perdoem o termo, estava fedendo à bosta naquela noite.

Portanto, fico feliz de imaginar que até a administração do Shopping cuidou de me proporcionar uma bela e fétida noite de fossa. Espero que eles já tenham consertado isso. Vi uma porção de clientes tapando o nariz, coitados, sentindo o mau cheiro da minha fossa.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Me vê um "Dorcorex", por favor!

Bem que podiam lançar um "Dorcorex" da família do Dorflex, que agisse diretamente na causa da dor sentimental do coração.

Carrinho de mão para os caquinhos do meu coração.

Muita gente amiga me ajudando a carregar o carrinho de mão
pra juntar os caquinhos do meu coração.

E, na tristeza, vi florescer "eu te amo" de pessoas especiais e próximas que ainda não haviam declarado isso antes pra mim.

Boba como sou, ouvi e achei que tinha ouvido errado. Perguntei " Como é?" Então a amiga repetiu, só que em outras palavras: "Gosto muito de você".

Mas ontem mesmo tirei a dúvida com ela: "Foi impressão minha, ou você disse naquela hora que me ama?" Ela confirmou positivamente, explicando que algumas pessoas não entendem. Por isso depois usou o verbo gostar.

O verbo amar é realmente muito forte de sentir, de falar e, principalmente, de ouvir. Vou deixar de ouvir ele da pessoa que eu jurava que era pra vida inteira.

Mas, tudo bem; vamos continuar a juntar os milhões de caquinhos dessa coisa apertada que ocupou o lugar do coração no meu peito.

Aos amigos, minha eterna gratidão pela força colocada no carrinho de mão que ando carregando agora.


domingo, 6 de outubro de 2013

Pai é bicho coruja mesmo.

Eu nunca comentei aqui sobre isto que vou escrever agora, mas ainda tá valendo. Afinal, também nunca é tarde para externar sentimentos bonitos há muito tempo guardados a sete chaves dentro da gente.

Uma das coisas que me tornam um alguém satisfeito e feliz por estar neste mundo, nesta vida, é ver meus pais orgulhosos de mim. Se eles sentem orgulho de mim, eles estão felizes. Se eles estão felizes, eu estou feliz. Eu já sabia dessa lógica toda. Desse efeito dominó da felicidade. Mas eu não sabia tanto até semana passada.

Mas por que, afinal, eles sentem orgulho?

Só porque cheguei em casa com empolgação emanando de toda parte de mim. Contei que tinha criado uma "musiquinha" para incentivar a equipe Comercial do jornal onde trabalho. Disse pra eles "musiquinha", porque se eu falasse "jingle", não entenderiam de jeito nenhum meu linguajar publicitário.

Então eu falei que tinha criado letra e melodia, mas que tinha contado com a ajuda de mais cinco pessoas para concretizar a ideia e executá-la de forma divertida.

Contei com o senso de humor, aliás, super bom humor das minhas duas parceiras de trabalho de cada dia. Meio receosa, pensando se elas aprovariam ou não a compositora e cantora amadora que sou, cantarolei a cançãozinha simples. E elas foram logo tratando de deixar aquilo menos sério. Formaram juntas um coro de segunda voz, inverteram palavras, inventaram diálogos no fim.

E a gente ali, pegando só um tempinho, do tempo corrido que é, para fazer algo que não estava nem nunca esteve listado na pauta de afazeres da semana. Não era nosso dever sair inventando musiquinha para incentivar vendas, mas muitas vezes é preciso sair do comum. Surpreender quem está ao nosso redor é saudável para os dois lados. Quebra rotina. Estimula. Arranca risadas. Ouve "Parabéns". Colhe reconhecimento.

E foi assim, - contando com o empurrãozinho das parceiras de trabalho, do cara gente fina no estúdio da rádio, da colega que nos levou até ele, do jornalista que toca violão, da minha coragem de soltar a voz novamente -, que vimos várias pessoas sorrindo, olhando pra letra e cantando junto.

Relatei tudo isso pro meu pai. Contei também que o chefe foi até minha mesa só para dar os parabéns e dizer que se surpreendeu. Meu pai ouviu essa última parte lançando pra mim olhar de admiração, típico de pai coruja, e me elogiou antes mesmo de ouvir a tal musiquinha. Quando finalmente ouviu, opinou dizendo que ficou muito bom. E agora já me julga capaz de propor uma nova musiquinha para a "Casa Pio", pois diz que já não aguenta mais o "Pá-pé-Pio, Pá-pé-Pio, vamos pra Casa Pio, vamos pra Casa Pio".

Pai é bicho coruja mesmo.

sábado, 5 de outubro de 2013

Seja Mais para o Atendente de Caixa

Toda vez que a gente, cliente, se dirige ao caixa do Pão de Açúcar tem essa perguntinha:

- Cliente Mais?

Eu nem sinto falta da formalidade repetitiva e forçada do “Bom dia! / Boa tarde! / Boa noite!" antes de qualquer coisa. Tenho admiração por pessoas objetivas. Mas, cá pra nós, um atendente de supermercado te questionar sempre a mesma pergunta, investigando se você é mais ou não pra ele, é pra quebrar as pernas de qualquer autoestima de um pobre cliente.

Digo "pobre" no sentido literal, porque, na maioria das vezes, você se arrisca a fazer uma comprinha com dinheiro contado. Você ali, mais liso do que chão encerado, aí vem um atendente de caixa e faz uma pergunta polêmica dessas.

Dá vontade de complementar o "Não" com um "Cliente menos mesmo!". Aliás, dá vontade de ir logo com um crachazinho informando isso em letras gigantes " CLIENTE MENOS " 

Outro dia, não me contive. Respondi com um sorrisinho melancólico:

- Cliente menos mesmo, Moça!

Enquanto guardava minhas comprinhas na sacola, o senhor que estava passando as compras se sentiu encorajado por mim e admitiu sua situação financeira da mesma forma. Só que o riso dele foi alegre. Aquele típico brasileiro que sabe levar a vida com bom humor.

Ficou curioso sobre o porquê da pergunta “ Cliente mais?” Faço agora uma publicidade espontânea copiando abaixo o link, caso você deseje ser Mais para o atendente do caixa do Pão de Açúcar.