segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Foram-se as unhas.

Ponta do dente na ponta do dedo
Um nervoso incessante
nova missão
busca pela imaginação perdida na infância
Não pode ser, bloquearam minha mente
não estão me deixando pensar
quando criança
nem tudo parecia o que era ser
eu fazia ser o que viesse a minha cabeça
Hoje sei, preciso libertar meu cérebro
Rói rói
A unha foi-se
sobrou a carne, coitada
Cutículas viram bifes apetitosos
pedaços espalham- se pela roupa
Antes de ruídas,
minhas unhas serviam para a vaidade
Agora, não restou um só pedaço
Quanto mais penso, menos unha
Quanto menos escrevo, mais agonia

Foram- se as unhas.
Uma pena, já estavam até crescidinhas.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Dezembro


Em Dezembro, as luzes da cidade insistem em dizer que o natal está próximo. Decidiram que a comemoração seria dia 25. A ordem é trocar presentes. Mas não era o menino jesus que deveria receber presentinhos? Mirra, ouro, incenso.

É dezembro. Todas as árvores, sendo pinheiros ou não ganham uma iluminação pra lá de especial. Dia desses estava observando uma humilde planta entre duas outras robustas. Mesmo com os galhos secos ela reluzia, forçadamente brilhava.

Nesta época, assiste-se muito a filmes com muita neve, papai noel, mensagens positivas a respeito do verdadeiro espírito natalino.

Neve em Fortaleza, nem pensar. O que se ouve são apenas resmungos quanto ao calor. Transpiração escorrendo no corpo. Shopping pra lá de movimentado. São as tradicionais compras de Natal de última hora.

Da janela do ônibus está o cenário provisoriamente montado. Tanta luz e brilho que chega a me dar dor de cabeça. Ao menos fosse luz de verdade.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Perdão, blog


Sei que tenho andado meio ausente. Nem me recordo qual foi a última vez que estive redigindo por aqui, nem me dei ao trabalho de verificar a data do último post. Só reparei no título: Mudar. E isso é um dos motivos da ausência de meus textos em suas publicações.

Mudei de habitat. Convivo diariamente com outras pessoas, as quais 'conheço' há 2 semanas. Tenho a sorte de todas elas serem agradáveis e simpáticas. Cada uma tem uma característica específica e me disponho a aprender esse algo a mais que cada uma me apresenta.

Em um espaço reduzido, porém aconchegante, tenho me esforçado em textos que vendem algo, até simpatia de empresas para com seus fornecedores. Até carros, para quem pode comprá-los. "Taxa de x,xx%, a partir de R$ xx xxx,00". Muitas vantagens, facilidades. Varejão astuto, tentando driblar o medo dos cidadãos em relação à crise.

Minhas situações diárias estão cara a cara com o word. Papel em branco em mãos. Muito sacrifício e esmero em cada linha, buscando sair da mesmice: "Melhor condição, Menor preço você encontra aqui".

Enfim, sei que não há desculpas que justifique minha ausência. Prometo que sempre que possível publicarei alguns textos. Continuarei tratando sobre temas do cotidiano e sobre mim ( os menos reveladores, lógico).

Com carinho,

Elaine.