quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Uma mensagem de fim de ano.

Eu não sou boa de mensagens de fim de ano. Tem uma lousa branca lá na academia à disposição. Mas eu não, eu não consigo pensar em algo além de: " Feliz Natal e um próspero Ano Novo". Mais uma vez tenho a convicção de que não ligo pra datas. O que são datas, se não apenas números? O que é um monte de números espremidos num calendário?

Acho que poderia haver, não uma contagem, mas uma coletânia de sentimentos; aí sim, faria sentido. Todo dia uma confraternização mais animada que a do dia anterior. Ninguém precisaria se perguntar: " que data é hoje?", e os números não teriam a menor importância.

Amanhã, de manhã cedinho, vou encarar novamente a lousa branca, já riscada por alguns frequentadores da academia, e vou reler as mensagens lá esquecidas: "Feliz Natal e um próspero ano novo"; " Vamos fazer do mundo a casa de todos"; e até um " Vendo carro...".

Então, eu vou pensar de novo no que eu poderia deixar para um casual leitor daquela lousa; vou passar direto, fazer alongamentos e, ao mesmo tempo, dedicar minha atenção novamente a uma planta pequena de quatro folhas. Ela fica no topo do muro da academia. Nasceu ali não sei como; minha nossa, brotou de uma parede! Além de crescer de dentro da superfície de um muro, atrás dela tem outro muro que se levanta da altura do seu caule curto até (...) lá no alto. E como se não bastasse, uma cerca elétrica anti-ladrões curva-se à sua frente; quer dizer, a planta que cito aqui nasce de um muro e mora entre outro muro e uma cerca que dá choque.

Como uma fã declarada de metáforas, eu colho dessa observação diária uma mensagem positiva pra você, que considera a ideia de um novo começo representada por uma simples, na verdade, complicada e quantificada mudança de calendário:

Eu lhe proponho que, a partir de 2012 ou de agora mesmo, você seja como essa planta do muro. Mantenha-se firme e forte, e verde de esperança, mesmo nas situações mais adversas ou nos cantos mais incomuns de se viver. Se, para isso, for preciso a proteção dos outros que lhe servem de muros ou de porto seguro, não faz mal, não seria demonstração de insegurança; só se proteja da auto-superproteção e dos superprotetores, mas não abra mão dos cuidados. Cuide de si e de quem você ama.

Não gosto de livros de autoajuda, nem de mensagens repetitivas de fim de ano, mas é que me deu uma vontade de plantar esses pensamentos em você que me ler.

Então, já sabe, né? Seja uma plantinha; ou um plantão de muro, como queira.

2 comentários:

geer disse...

Que bom que li! você plantou algo dentro de mim! :D

Elaine Pacheco disse...

êeee!! Já floresceu :D