quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O que se passa na nossa cabeça?

    Eu não sei o que se passa na cabeça de iniciantes no volante, mas, na minha - há um ano atrás- acho que algo não funcionou muito bem.

    Eu dirigia e, se algum cachorro grunhisse na rua, na minha cabeça, a causadora daquilo era eu. Imaginava os animais - nem de longe as pessoas - vulneráveis ao meu desempenho de caloura na direção de um carro.
 
    Os sons de um latido um pouco mais dengoso, de um grunhido, de uma manha que fosse vencendo a barreira dos vidros e brechas do meu carro, e pronto! Lá estava a minha mente imaginativa desenhando um mar de cachorrinhos e gatinhos fofinhos, indefesos e machucados por mim. Uma onda de vítimas da minha inexperiência pelo caminho.

    Qualquer pessoa normal, ao pegar na direção pela primeira vez, imagina os veículos da faixa ao lado se chocando com seu carro, se vê atropelando alguém, ou o carro descendo numa ladeira e batendo no que tiver atrás, entre outras tragédias. Já eu não, na minha cabeça, eu seria apenas a vilã do reino animal inteiro.

    E eu confesso que, até hoje, com 1 ano e 1 mês de habilitação, suspeito da minha culpa nos grunhidos dos bichinhos da rua. Acho bem provável a minha mente me perguntar, ao ver um vira-lata passando com sua perna manca: "Foi você?". Morreria na dúvida!

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