quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Quando a gente se acha no mapa-múndi.

Assim que a porta, - o acesso ao abrigo da ilusão do amor pra sempre-, se fechou pra mim, por pouco quebrando meu nariz, quebrando minha cara inteira, fui buscar no google o mapa-múndi. Escolhi o mais inteiro e colorido. Eu quis imprimir. Configurei o formato para papel A3.

Fui buscar a impressão com expectativa no andar, como quem vai pegar um documento importante. Analisei-o rapidamente para que ninguém me visse fazendo aquilo. Dobrei o papel ao meio e guardei na minha mochila. Foi uma relação sigilosa do meu eu com o mapa-múndi. Foi, né, porque agora eu estou revelando. E pensar que dias atrás eu estava perdida, pisando em ovos no breu de uma direção qualquer.

Ao olhar o mapa, não me assustei com sua imensidão. Pelo contrário, estava me sentindo acolhida por ele. Mais parecia que tinha sido feito pra mim também, como pra todo mundo desse mundo.

Eu poderia me jogar no meu mapa-múndi, como quem se atira numa rede não só pela preguiça, mas também para encará-la como um parque de diversão, assim como as crianças fazem com a novidade ao redor delas.

Meu mapa-múndi se transformou num avião. O portão de embarque não se fecha pra mim. Não é aquela porta que quis quebrar a minha cara.

Já imprimiu o seu mapa-múndi? O mundo está aí. É gigante e doido para apresentar novas dimensões pra gente. E haja novas possibilidades!

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