Porque janelas e portas abertas não são suficientes pra ver o mundo e as pessoas lá fora, tive que demolir uma das quatro paredes.
sábado, 1 de agosto de 2009
A mulher dos churros
Churros tão doces são, principalmente aqueles da vendedora da esquina. Dizem que são os melhores da cidade, e a preços também adocicados. A mulher dos churros vende churros que de tão deliciosos se tornam meigos, dando até dó de devorá-los com toda nossa gula - necessidade voraz a tudo que nos proporcione um tantinho de alegria, passageira, mas alegria.
Naquele tímido ponto de venda, a vida, como sempre, apresenta seus contrastes. A mulher dos churros parece tão amarga, tão sofrida, e apresenta uma face exausta, impossibilitada de esboçar sequer um meio sorriso. Parece não responder a nenhum estímulo, inanimada.
Distraída,esqueço de entregar a moeda, ela fica ali parada esperando, e então sorrio um sorriso desconsertado já fazendo a troca, e ela, bem, ela não demonstra qualquer reação, nem mesmo de indignação momentânea pelo esquecimento.
Mulher amarga dos churros muito doces,até mais.
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