segunda-feira, 14 de maio de 2012

O que nem a ciência explica.

O que explica; como se explica certas coisas? Sabe, há tantos acontecimentos para os quais não há explicação óbvia e nenhuma outra.

Ontem estávamos ouvindo Led Zeppelin nas alturas. Da cozinha, a mãe falou que já era hora de dencansar o juízo. Como assim música cansa o juízo? Coisas da minha mãe. Então ela pediu que pelo menos baixássemos o volume. Bem, achei meio impossível ouvir Led Zeppelin baixinho, melhor seria desligar logo o som. Mas, não, eu resolvi reduzir o volume mesmo. De repente, depois de girar o "botão" do aparelho, baixando assim o volume, dei um passo pra trás e ao mesmo tempo algo girou o botão com uma força capaz de produzir um som assustadoramente alto. Ok, o aparelho está sem o controle, logo não era brincadeirinha de ninguém. Estávamos conversando de frente para o troço e não havia uma quarta pessoa conversando de frente para o som que nem a gente. Definitivamente não havia ninguém que pudesse contrariar o pedido da minha mãe de que ouvíssemos Led Zeppelin baixinho mesmo. Não era irregularidade de altura da própria música, e não havia possibilidade alguma do aparelho aumentar o seu volume por livre e espontânea vontade.

Enfim, não há explicações para o que aconteceu, como também não há para o fato de eu sentir às vezes, muito raramente, ainda bem, a chegada de alguém até mim. Desde criança, sinto aproximações, uma espécie de energia que emana de um corpo não identificado e invisível. Sempre espero que seja minha mãe, vindo me contar as histórias absurdas do bairro onde moramos, ou meu pai vindo conferir com certo alívio que a filha está em casa. Mas, não, não são eles nem meu irmão, são as visitas estranhas que recebo periodicamente. São presenças calorosas, de tão vivas que parecem. Movo meus olhos na mesma direção das chegadas como quem consegue enxergar silhuetas transparentes. Aí, decido não "quebrar" a cabeça com isso. Simplesmente decido não buscar explicação; e fico na minha até a sensação se esvair.

Outra vez, era de madrugada, todos dormindo e eu acordada, sentada na escrivaninha do quarto ouvindo uma música que me emocionou ao extremo. Eram letras e melodias tão incríveis, que naturalmente minhas lágrimas seguiam impacientes seus cursos ondulantes pelas bochechas e queixo. Foi então que senti o deslocamento de muita energia concentrada. Moveu-se por trás de mim e se colocou ao meu lado, na minha esquerda. Não, eu não estava tendo pesadelo; estava muito bem acordada, isso sim.

Relatei essas mesmas coisas a um amigo cético e ele concluiu que eu devo ter alguma doença. Tá, mas tenho saúde e disposição de sobra e acho que meu único "distúrbio mental" é pensar demais ou ser sensível demais com certas coisas.

Acho que meu amigo precisa entender que nem tudo a ciência explica. Nem tudo que acontece nesse plano é explicável.

4 comentários:

geer disse...

A ciência não explica muita coisa. Aliás, nem sinto falta dessa explicação dela, prefiro tirar minhas próprias explicações, mesmo que sejam mirabolantes.

Elaine Pacheco disse...

" nem sinto falta dessa explicação" Adorei, Geer! Adoro suas explicações mirabolantes! =D

Gracelly disse...

Ai Ai Passarinha...se é uma "doença" lhe informo que sofro do mesmo mal...Desde que me lembro da minha existência para ser mais exata! :)

Elaine Pacheco disse...

Nossa, Grace! Então, precisamos compartilhar experiências! Quando nos vemos novamente? Um abraço apertado!