terça-feira, 7 de outubro de 2008

Uma dose de loucura, por favor


- Garçom ! Amigo, amigo...
me traga uma dose de embriaguês.

Nessa dose vou de encontro ao ócio
mergulho, revivendo o inconstante.
A saída . A entrada . Não distinguo bem agora.
Quero mais, vivo menos.
Cansei de doses de lucidez.

Vivo, vejo a vida mais clara
Quando o ocidente e o oriente se encontram
a rotina fica mais leve,
a retina não reluz
e mesmo assim é tudo luz.

Leve. Me levo
no vento da inconsciência alheia
Não preciso de inspiração,
é substância correndo na artéria
é piração, perdi a nitidez
descompassei o ritmo do órgão pulsante
desfoquei o instante


Chega de regras, o certo e o errado se equivalem
neste mundo à fora. É tudo graça, só tem pirraça.

- Garçom, onde está a dose que eu pedi?
A minha dose de loucura pede bis.

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