A origem do termo: "Carbon Neutral"
segundo o PEQUENO MANUAL DE FILOSOFIA PARA SOBREVIVER A UM PAPO-CABEÇA.
(Sven Orteli & Michel Eltchanineff)
"... - O planeta está se transformando numa vasta estufa e tudo é uma questão de equilíbrio: um pouco de CO2, mantém a atmosfera numa temperatura apropriada ( 15o C em média), sua ausência liberaria calor no espaço e faria a temperatura baixar para cerca de -18o C; em contrapartida, um excedente abundante faria os oceanos ferverem", você ( cada vez mais pedagógico, você está impossível) diz: "A tendência está no limite.
Eis porque alguns sabichões ( a sociedade Future Forests) imaginaram, há uns 10 anos, propor a seus clientes que estes se tornassem 'carbon neutral': tratava- se de compensar toda a emissão induzida de CO2 plantando árvores.
É compreensivo que a idéia tenha florescido ( com trocadilho); há algo de edênico nisso tudo. O problema com esse bláblablá de árvores é que, no plano científico, a técnica é no mínimo duvidosa.
O carbono armazenado nas árvores é frágil e ninguém é capaz de prever quando um reflorestamento destinado a absorver CO2, irá liberá-lo. No plano político, a ladainha das incertezas não tem fim, mas a principal é a da equivalência poluição-compensação, que é, em suma, uma autorização para vomitarmos CO2.
Você ficou satisfeito com sua demonstração e atribui o frêmito das narinas de sua interlocutora a seu extremo interesse. ... Triunfal , você conclui esclarecendo que abdicou de seu carro porque a redução do uso de combustíveis fósseis lhe parece o método mais seguro. Porém, enquanto busca nos olhos da parceira o fulgor de admiração que julga merecido, um chato do outro lado da mesa pergunta estupidamente ao objeto de seus anseios se ela continua no pós-doutorado de climatologia de Harvard."
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