Estou eu, lá no meu cantinho da mesa da cozinha, já pondo a última garfada na boca do prato preparado por mim, trazido de casa e no qual há pouco tinha arroz integral, berinjela, soja com cebola e alho batida no liquidificador com molho de tomate, rodelas de batata, cenoura e beterraba, -os dois últimos generosamente servidos pela sogra-, quando ela me vem com a panela e-nor-me, retira a tampa, sobe aquele cheiro que já não é mais nada familiar, e insulta:
- Ó, olha, olha! Morra de inveja do meu frango!
Fazer o quê? Tive que fingir que olhei pro frango, tadinho, morto ao molho branco. Fingir que o mau cheiro não me incomodou. Tive que ser vegetariana simpática mais uma vez. Todas as vezes, aliás, pra não ficar com fama de "cheia das frescuras."
- Ó, olha, olha! Morra de inveja do meu frango!
Fazer o quê? Tive que fingir que olhei pro frango, tadinho, morto ao molho branco. Fingir que o mau cheiro não me incomodou. Tive que ser vegetariana simpática mais uma vez. Todas as vezes, aliás, pra não ficar com fama de "cheia das frescuras."
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