Calo. Desta vez, escrevo sobre calo; calo mesmo e não um calo conjugado do verbo calar, até porque já não tenho cara de me calar toda vez que um grande amigo insiste:
" - Escreva, escreva uma crônica do calo lá no blog!"
É esse meu amigo que me ensina o quanto é bom conhecer a história de vida das pessoas, muitas vezes tão próximas da gente, mas que não paramos pra sentar e puxar uma conversa mais profunda, digamos que filosófica. O meu amigo sempre me diz:
"O Fulano tem uma história bem interessante. Converse com ele, que ele vai te contar"
Mas eu nem preciso investigar, depois de dizer isso, ele vai relatando uma sinopse da biografia daquela pessoa e de outra pessoa, aponta para outra pessoa na mesa e conta, para outra e mais outra. Tantas histórias e eu me esforçando pra que não me escapem da memória depois. Mas uma, em particular, foi a que mais prendeu minha atenção: a história do homem de Q.I elevado. Tá, onde entra nessa história o tal do calo? Entra nos assuntos de pauta das reuniões do emprego dele.
Toda manhã ele reclama do calo no dedo mindinho e da unha encravada do dedão. Ele culpa o sapato e pode até pensar: "Só uma cachaça pra me fazer esquecer desse bendito calo!".
Ah calos para nos incomodar. O curioso é que todo o mundo tem um, não necessariamente no pé, e esses são os piores.
Calo é assim: se você tenta andar com classe, aquele negocinho ardoroso o impede de seguir em frente de forma confortável. E embora o calo esteja lá, deixando uma parte preciosa do seu pé em "carne-viva", você não deve parar no meio do caminho, diante da sociedade civilizada, e simplesmente "pendurar suas chuteiras" apertadas para prosseguir de pés descalços. Pegaria mal e confundiriam você com um mendigo. Ah, seria tão mais relaxante. Eu faria questão de procurar uma grama bem macia e infringir a ordem da plaquinha "Não pise na grama!"
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