Embalou nosso equilíbrio
na corda bamba
Não vê que já basta?
É o fim, é fim de semana
Nos dê uma folga,
deixe-nos quietos
em nosso canto,
onde a gente possa, enfim,
oxigenar o peito aflito, soltar o pranto
Embalou nosso equilíbrio
Isso cansa, essa sua dança
por que sempre ditar o ritmo?
Não vê que ninguém aqui é mais criança?
Saímos sim da linha
você não manda
Já tentamos e cansamos
Não nos habituamos
ao seu jeito grosso, insano
Você perturba mentes
sua acidez debilita
nosso estômago,
nosso âmago
O laço do nosso sangue
já desatou várias vezes
Você vem, pede desculpa
Logo vem e põe a culpa
na velha infância
Diz que uma pedra bateu na sua cabeça
e lhe deixou tonta, amarga, sem esperança
Já tentei compreendê-la
Pesquisei no seu Diário de tormentos
Mas não deu tempo
você veio agressiva como sempre
sua voz aguda e insistente
martelando minha mente
Já tentamos, já sonhamos
com sua cura
Vez por outra se renova a esperança
Que ternura
É você pedindo desculpa:
" - Desculpa,
me desculpa
Desculpa
me desculpa mais
uma vez."
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