domingo, 3 de julho de 2011

Espirituosa

O barulhinho do vento, avisando a chegada da chuva nesta noite de fim de domingo, só não é mais aflito que o dela, abafado por dentro de seu espírito magro, embora contornado de várias camadas firmes de auras.

Suas auras são princípios; são no que ela acredita; são, enfim, suas energias. Como uma pilha, tem seu polo positivo, mas também o negativo. Infelizmente, seu lado negativo é também a única porta de entrada de corrente. É estranho como ela parece se abastecer, se manter em pé a partir desta força que pende mais para o negativo ( o sentimento que nada vai dar certo)

Fica triste, quando percebe que a bateria preenchida é a da mente, não a do espírito. De repente se vê deixando de ser espirituosa – começa a notar as luzes de suas auras se apagando, deixando-a num breu - Sente apenas a corrente se encher de negativos, saindo com toda força pelo seu polo positivo, quando este deveria apenas liberar boas vibrações. No fim desse longo e complexo processo, sente que estragou o momento, perdendo o controle de si, perdendo o brilho que tinha há pouco.

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